Raimundos no Circo Voador

O Raimundos despontou no cenário musical brasileiro com uma mistura azeitada de hardcore com forró que acabou conhecido como forrocore.  A banda já tem mais de 20 anos de estrada e depois de várias mudanças em sua formação chegou ao Circo Voador para o lançamento de seu novo album, intitulado Cantigas de Roda que foi gravado com o incentivo de fans.

É difícil entender porque a banda não figura, hoje, entre as principais do rock brasileiro, não está na mídia e não frequenta festivais. A formação atual com Digão nos vocais e guitarras, Canisso no baixo, Marquim na guitarra e Caio na batera é perfeita. A guitarra de Marquim, junto com a do Digão, acrescentou ainda mais peso e potencia a banda. Digão cresceu como vocalista e segura bem a onda de frontman com o público enquanto Canisso e Caio mantem a pressão no máximo.

 

Juntando tudo isso, a clássicos que estão na memória do público, que os canta a todo o volume, sem deixar de lado o stage dive, enquanto o mosh agita toda a lona do Circo Voador, fica a pergunta fique no ar. O que falta ao Raimundos para voltar a ser grande?

 

 

Fotografia

Cleber Junior - Cholby Fotografia

Carlos Salles - Carlos Salles Fotografia

E ainda rolou um stage dive sensacional, vejam abaixo no vídeo divulgado no canal da banda no YouTube

 

Os suecos do Amon Amarth

Os vikings estão de volta, conquistando territórios e fans. O Amon Amarth fez um show arrasador no Circo Voador no Rio de Janeiro. A banda já experiente e afiada, mostrou todas as armas que seu público crescente e fiel já conhece, arranjos fiés aos albuns e dentro deles, solos econômicos e preciso. O vocal é poderoso e gutural do grandalhão Johan Hegg que, visualmente, fica entre um personagem da trilogia O Senhor dos Anéis e um bonachão motorista de carretas americanas, aposentado e beberrão, mas tem uma voz de trovão.

Antes do início do show, a banda recebeu os fans, para autógrafos e breve bate papo e depois deu de presente potência e death metal de muita qualidade, bastante influenciado pelo metal tradicional.

Ao final não havia pedra sobre pedra, publico entregue e em extase após a suada batalha festiva e ensurdessedora. 

Os vikings conquistaram a Lapa e novos fãns, estre blogueiro entre eles.

Amon Amarth:

Vocais: Johan Hegg

Guitarra: Olavo Mikkonen

Guitarra: Johan Söderberg

Baixo: Ted Lundström

Bateria: Fredrik Anderson 

Fotografia: Cleber Junior - Cholby Fotografia

Lacuna Coil no Circo Voador

Muito visceral pra ser gótico, muito melódico pra ser heavy metal, mas ainda assim adorado por uma imensa malta de fãs, esse é o Lacuna Coil. A banda tocou pela segunda vez no Rio de Janeiro, agora apresentando a turnê do seu novo album, Broken Crown Halo, no Circo Voador.

O Lacuna Coil surgiu em 94 na cidade de Milão. Indo além do que se convencionou chamar de rock gótico, eles deram uma guinada no estilo ao incorporar a vocalista Cristina Scabbia para duelar com o vocalista original, Andrea Ferro. Além de sua potência vocal, Cristina trouxe influências de bandas mais direcionadas para a dance music, como o Depeche Mode. O contraste do peso com a limpidez melódica de Cristina catapultou a banda para um patamar superior entre tantas outras do estilo.

Desde o primeiro EP, de 98, intitulado Lacuna Coil, eles colecionaram sucessos. Alem deste, posteriormente, o grupo lançou com os álbuns In a Reverie (1999), Unleashed Memories (2001), Comalies (2002), Karmacode (2006), Shallow Life (2009), Dark Adrenaline (2012) até o mais recente Broken Crown Halo (2014).  A Itália, que não tinha tradição no rock, deu ao mundo uma de suas bandas mais emblemáticas e amadas por camisas pretas ao redor do mundo.

Isso pode ser constatado no show do Circo Voador. A platéia, apaixonada, cantou junto, aos berros e colaborou para não deixar pedra sobre pedra, mais uma vez deixando os músicos em extase com tanta energia produzida.

Um show correto dando ao público exatamente o que ele queria ouvir e ver, o rock melódico com toda a sua dramaticidade e em algumas passagens até um tanto pop, talvez influenciado pela vocalista Cristina Scabbia. A banda reproduz o que é ouvido nos discos sem arriscar grandes solos de guitarra ou bateria, tudo limpo e econômico, mas que funcionou muito bem deixando seus fãs em vibração contínua.

fotografia: Cleber Junior - Cholby Fotografia

Fonte: release Circo Voador