segunda-feira, 11 de maio de 2015

A Volta do Rock Sem Mimimi!

Marcelo Nova acredita que se ele e Robério Santana tivessem escrito "Silvia" recentemente, seriam crucificados nos Arcos da Lapa. Ele, que usa e abusa da ironia e do sarcasmo nas suas letras, acha o politicamente correto insuportável e, cá pra nós, tem razão. Não fosse isso, não teria na platéia um público ávido por cantar e pogar suas músicas.

É bom ver bandas clássicas de volta, Marcelo Nova é um ícone dos anos 1980 e não perdeuo peso e a juventude, garantida por ter na banda o guitarrista Drake Nova, seu filho, Célio Glouster na bateria, Leandro Dalle outra guitarra.

O show foi arrasador em todos os aspectos, as versões clássicas cantadas em alto e bom som pelo público, muitas delas se mantem atual, como lembrou o cantor, por mais de uma vez.

A versão sacana e bluezeira de "My Way",clássica na interpretação de Frank Sinatra foi muito bem lembrada. "Negue" eternizada na voz de Maria Betânia, segue a mesma linha de zoação sacana.

Nessa volta a banda comemora 35 anos de carreira e entra em turnê depois de dezoito anos, passando a limpo seus cinco discos de estúdio. Estiveram lá "Bete Morreu", "O Adventista" "Bota pra Fudê" o clássico bordão da banda lembrou a parceria de Marcelo com Raulzito em "Muita Estrela, Pouca Constelação", dedicada a Roberto Frejat, encerrando a festa com "Eu não Matei Joana Darke".

Vida longa Marceleza!!

O Set List foi:

Bota Pra Fudê
Hoje
Bete morreu
Rosto e aeroportos
Deus me dê grana
Gotham City
Passatempo
Negue
A ferro e fogo
Muita Estrela, Pouca Constelação
Só o fim
O adventista
My Way
Simca Chambord / O Ponteiro Tá Subindo
Silvia
Eu não matei Joana d'Arc
















domingo, 10 de maio de 2015

Adrenaline Mob + Noturnal + República - New Wave of American Heavy Metal


Sir Russel Allen e seu comparsa, o guitarrista Mike Orlando, fizeram a festa no Circo Voador e apresentaram a New Wave of American Heavy Metal ao público que não lotou o histórico palco no Rio de Janeiro. O show também contou com a presença das bandas Noturnal e República, que representam essa corrente futurista e de peso, que bebe na fonte do hard rock e metal de Black Sabbath, Metallica, Pantera, que foram citados em covers pelas três bandas, e até no pop rock cabeça e progressivo do Muse que foi apresentado pelo República, com a participação do Juninho Carelli do Noturnal que tocou num tablet, se é que podemos chamar assim. Futuro e tecnologia se misturando ao rock n roll.








O República está no seu terceiro disco, "Point of No Return". A banda paulistana segue a escola de bandas stoner metal, fazendo um som poderoso  recheado de solos e riffs das guitarras de Luiz Fernando Vieira e Jorge Marinha e o vocal de Leo Belling, faz a banda soar trash metal o que não a desmerece em nada, tanto que tem presença garantida no Rock in Rio de 2015, sendo essa a sua segunda participação no festival.







Outra banda que tem presença certa no festival é o Noturnal, o som da banda é pauleira do início ao fim. Considerada a nova sensação do metal nacional, a banda, formada por integrantes do Shaman e o baterista Aquiles Priester, que fez um solo fantástico, inspirado em Neil Pearl do Rush, adicionou bases gravadas, incluindo, o clássico "Brasileirinho" enquanto esmurrava sua bateria, mistura elementos do metal melódico e progressivo com muita agressividade e "paudurecência" como disso o vocalista Thiago Bianchi. Seu disco de estréia foi produzido por Russel Allen e tem obtido ótimo resultado em suas vendas.











Quando ouvi o Adrenaline Mob pela primeira vez, os tímpanos já cansados despertaram com lembranças memoráveis e juvenis de anos de hard rock atrás. Havia um som despretencioso e instigante, com o espírito moleque de muitas bandas de sucesso dos anos 1970 e 80.


Quando o Blog n Roll Produções anunciou o show no Circo Voador, minha expectativa foi grande e não me decepcionei, é pura festa e diversão. Sir Russel Allen, com seu jeitão mafioso canastrão, estilo Steven Seagal, manda ver e acompanhado pelo guitarrista Mike Orlando, derruba tudo na base do taco de basebol e do soco inglês.

O rock com suinge, cerveja e festa, com cheiro de erva da boa, segundo o lead singer, dá espaço para homenagem a A J Pero, o querido baterista, morto durante a turnê e a reflexões do músico sobre a vida e a estrada que em busca de sonhos e sucesso distancia da família e faz amigos ocasionais e fiéis como os que estavam presentes ontem no Circo Voador, ajudando a cantar com emoção a versão acústica de "All On The Line". Alma lavada!