Invencível

O Within Temptation resolveu olhar para trás e foi buscar na mitologia grega e nos albuns mais antigos motivos sufucientes para criar seu novo album Hydra, uma serpente mitológica que não podia ser morta. É como a própria banda, "invencível" declara o guitarrista e compositor, Robert Westerholt.

Hydra é o sexto album de estúdio da banda e o nome de sua turnê mundial, que passou pelo Brasil com show do Circo Voador, ansiosamente aguardado por fãs apaixonados e ansiosos por ouvir o rock sinfônico com inserções líricas que se tornaram característica de bandas vindas do países baixos.

A cantora Sharon den Adel comanda a banda com segurança, envolvida pelo som poderoso das guitarras de Westerholan , Stefan Helleblad e Ruud Jolie, apoiados pelos teclados de Martjin Spierenburg e o bom entrosamento de Jeroen van Veen no baixo e o baterista Mike Coleen.

A mistura melódica com passagens do metal tradicional incendeia o público que participa o tempo todo, cantando e pulando em mais uma demonstração de energia brasileira que encanta e surpreende as bandas que vem de tão longe mostrar seu som por aqui. No fim todos felizes, banda e público voltam para casa com a certeza do dever cumprido e cantarolando músicas que já colaram no ouvido.

fotografia: Cleber Junior

Black Friday

O mundo todo corre atrás de promoções hoje.

Enquanto você navega atrás das ofertas ou relaxa e navega feliz com sua nova aquisição ouça no Spotify a playlist que a Rádio Piratha preparou para a Black Friday Playlist

Paralamas 30 Anos

Nos anos 1970 o rock no Brasil era um híbrido do que acontecia fora do país com a música popular brasileira. A maior ousadia vinha dos Secos & Molhados. Rita Lee, Raul Seixas, O Terço e Made in Brasil.

No meio dessa década o punk  rock  se popularizou na Inglaterra com a proposta do "Do It Yourself". Faça você mesmo o seu som, sem o comprometimento com composições cada vez mais elaboradas que se ouvia dos chamados dinossauros do rock.

Isso abriu as portas para músicos se aventurarem e as gravadoras se proposeram a ouví-los. No início dos anos 1980 esse som já estava inserido no rádio, através da Fluminense FM, a Maldita, no Rio de Janeiro e nos shows do Circo Voador.

No meio dessa turma uma rapaziada vinha de Brasília e se estabelecia como um power trio, que misturava o ska, o reggae e o rock comtemporâneo, eram os Paralamas do Sucesso.

Os Paralamas foram tocar na capital e de lá se lançaram ao mundo. Hoje, com uma carrreira de 30 anos, eles comemoram essa trajetória.

O local escolhido para encerrar a vitoriosa turnê foi o Circo Voador. A banda de ótimos músicos se aprimorou ao longo de todo esse tempo e se consolidou como um grande dinossauro do rock brasileiro. Esse dinossauro, porem, está longe de caminhar a passos arrastados. O Paralamas é um power trio ágil, sua mistura se aprimorou ao longo da carreira, Hebert, Bi e Barone foram se aprimorando em seus intrumentos e estão entre os melhores do Brasil, não deixando nada a dever a possíveis comparações com similares no exterior.

A banda não tem frescuras, adicionou metais, para encorpar e azeitar a mistura. Teclados de João Fera, o quarto Paralamas. Todos tocam alinhados no palco, como se dissesem ao público na sua linha de pensamento e ninguém está a frente de ninguém.

O Paralamas é show! Um hit emendado no outro, a participação ativa do público nos backing vocals, ábum de retratos no telão, passando a carreira a limpo. Com espaço para as influências da banda, Led Zeppelin, Police, Hendrix e Bob Marley ajudaram a formatar o som do grupo e participam do show que se encerra com um hino do Legião Urbana, "Que País é Esse?" que parece nunca deixará de ser atual.

No fim, este que vos escreve, levou pra casa, alem da satisfação de ter assistido ao grande show, um dos símbolos roqueiros dos grandes dinossauros. Uma das toalhas brancas que os músicos gostam de exigir em seus contratos.

Fotografia: Cleber Junior

No verão o Circo vai pro MAR

A partir do dia 14 de novembro o Circo Voador inaugura uma parceria inédita com o MAR, Museu de Arte do Rio, na co-produção do MAR de Música, programação musical dentro do projeto Verão no MAR!

Bandas, festas, intervenções voadoras e outras surpresas vão dar ao espaço um pouco da cara do Circo. O evento é gratuito, sempre das 17h às 22h, no pilotis do museu, na Praça Mauá. A programação começa na próxima sexta (14) e vai até o carnaval, com edições quinzenais.

A ideia de botar o bloco na rua surgiu em setembro, quando, em apoio ao Parking Day e ao Dia Mundial sem Carro, o Circo Voador abriu os portões da Rua dos Arcos e colocou os amplificadores na calçada. Vaga ocupada, gelo no isopor e música nas carrapetas, estava pronta a festa: o Circo Voador também é rua.

Confira a programação do MAR de Música:

14/11 – Sotaque Carregado, com DJ MAM + Intervenções Voadora: Coletivo PernAltas
Misturando raízes da música brasileira com batidas contemporâneas, o DJ MAM comemora o lançamento de seu primeiro disco autoral, Sotaque Carregado. O Coletivo PernAlta propõe um jogo de imagens cênicas convidando o publico a interagir diretamente com os artistas na criação de uma atmosfera de jogo, entusiasmo e brincadeira.

Ouça Sotaque Carregado



28/11 – Samba da Saúde + Intervenções Voadora
O Samba da Saúde é comandado pelo trio Zeh Gustavo, Raphael Moreira e Alexandre Nadai, todos moradores e artistas da região portuária do Rio.

12/12 - Vinil é Arte + R O C H A + Tree + Intervenções Voadora
Vinil é Arte é um coletivo formado por seis DJs e pesquisadores musicais, que atuam há mais de uma década em prol da “cultura do vinil”. O coletivo está presente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais, e traz em suas apresentações uma visão única sobre a história da música lançada em vinil a partir de acervo de mais de 20.000 discos.

Ouça Vinil é Arte

Xarque com Macaxeira by Tuta Discotecário on Mixcloud

19/12 – DJ Dolores + Geraldo Júnior + Intervenções Voadora
Depois de participar de diversos festivais ao redor do mundo e compor para o teatro e o cinema, o DJ Dolores esquenta a noite de verão no museu. Em seguida, Geraldo Júnior, do Ceará, reinterpreta a tradição musical nordestina com influência da estética pop.

Ouça DJ Dolores



9/1 – Velhos Malandros + + Intervenções Voadora
Projeto de revitalização e resgate da história do samba, que envolve artistas reconhecidos, novos compositores e representantes das comunidades afro-brasileiras.

23/1 – Festa Disritmia | Música Brasileira + Leandro Joaquim + Intervenções Voadora
Disritmia | Música Brasileira é a difusão da música brasileira sem aprisionamentos. A DJ Lili Prohmann comanda a pista durante todo o tempo, rompendo com o marasmo com clássicos mais que eternizados.

6/2 – Carnaval no MAR: Escravos da Mauá + Intervenções Voadora: Cortejo Orquestra Voadora
Desde 1993 o grupo se encontra para pesquisar e divulgar a Praça Mauá por meio do samba, sua cultura e seus personagens imortais. A oficina de sopros e percussão da Orquestra Voadora faz seu cortejo carnavalesco, aquecendo para o grande desfile.

Ouça Orquestra Voadora

Divulgação: Circo Voador

Behemoth, Tour The Satanist

“The satanist” é o décimo álbum do grupo polonês Behemoth. A banda, fundada em 1991, veio ao Rio de Janeiro pela primeira vez com a turnê de lançamento do album. Death metal, black metal, gótico, blasfêmia, drama, velocidade máxima com estruturas do metal clássico, muita vitalidade cênica e uma musicalidade à toda prova, está tudo lá. O Circo Voador foi o palco para o show e são os fãs, os irmãos Eduardo e Felipe, que descrevem a emoção de verem ao vivo a performance da banda.

 "O show, como era de se esperar, começa com o mais recente trabalho da banda – “Blowyourtrumpets, Gabriel” – que também é a música de abertura do álbum o qual estão divulgando em seu tour, “The Satanist”. A abertura deixa bem claro que o clima de expectativa criado, seria muito bem correspondido com um verdadeiro espetáculo teatral que é comumente associado à banda. 

O Behemoth teve a preocupação de harmonizar e nivelar bem o som dos diversos instrumentos (tão pesados quanto se pode imaginar, em todos os sentidos) para que o público conseguisse ouvir cada nota soada, de um kick do bumbo do baterista Inferno aos poderosos socos do baixista Orion. O front-man Nergal e o bruto Orion são conhecidos por comunicarem-se muito com o público e no Circo Voador não deixaram a desejar. Com suas poses, gritos de guerra, guiaram o público a um frenesi honrável. Todos cantavam juntos, riam, participavam de “rodinhas punk“ e se impressionavam com o clima que show proporcionava. Era praticamente impossível tirar os olhos da banda, não tinha como não sentir a energia que emanava daquele palco. Se alguém naquele lugar não conhecia ou não gostava de Behemoth, passou a gostar.

Outro ponto que não pode ser deixado de lado é o referente às guitarras. Não só pela sua timbragem fantástica, com os caríssimos amplificadores Mesa Boogie Triple Rectifier e o bom e velho Peavey 5150 (sem falar nos nada singelos sets de pedais de ambos os guitarristas), mas também pela impecável execução das composições da banda. Era notável como o par de guitarristas formava um verdadeiro time, um oferecendo suporte para o outro em prol do conjunto, fazendo tudo soar como uma verdadeira composição erudita. Argumento apoiado pela dificuldade de execução das músicas, estas extremamente rápidas. Pode-se com segurança dizer que os campos harmônicos diminutos, as escalas menores harmônicas e a famosa blue note (Intervalo de quarta aumentada, chamado pelos músicos clássicos e barrocos oriundos da época em que a música era quase monopólio da Igreja de Diabulusin Musica) nunca foram tão bem usados e maltratados (no bom sentido) naquele palco.

Teve show pra todo tipo de fã, apesar de ser uma apresentação de divulgação do álbum “The Satanist”, tocaram suas músicas mais famosas e poderosas como “Conquer All”, “Slaves Shall Serve”, “At the Left Handov God”, “Be Without Fear”, “Ov Fire and the Void”, “Alas, Lord Is Upon Me”, pra citar só algumas. Das antigas às novas, foi uma viagem pelos vários álbuns da banda. Pra quem gosta do estilo mais pesado do metal, todas as músicas foram bem apresentadas e desenvolvidas.



Das pinturas faciais à vestimenta, todos estavam muito bem caracterizados conforme espera-se da banda. Não houve nenhum descaso e eles, mesmo acostumados com shows gigantescos, trataram o público, que não encheu o Circo Voador,  como se fosse o melhor público pra quem eles já haviam tocado, não deixando a desejar em momento algum e mostrando o profissionalismo da banda."

                           

                           

Suricato e muitos amigos

Rodrigo Suricato é um daqueles caras que você olha o jeito e tem vontade de conhecer pessoalmente, sentar pra tomar um chopp, jogar conversa fora enquanto ouve um som dos anos 70 ao fundo.





















Ele deve ter feito isso muitas vezes, com outros caras e foi assim, trocando idéias que formalizou com Guilherme Shwab, Rafael Romano e Pompeo Pelosi a banda Suricato.

O Suricato é uma banda com ótimos músicos, carioca e escolheu o Circo Voador, mais carioca impossível,  para lançar seu segundo cd, Sol-Te. Muita gente foi ver e muitos amigos dessa jornada estavam presentes,







Reunião de amigos, tocando e ouvindo um som que tem raízes no folk, blues e rock roll, muito bem tocado, num  espaço como o Circo Voador, só podia dar certo e deu! A energia circulante era pura, iluminava a felicidade dos músicos e saciava os amigos do peito e aqueles, novos, que só vem aumentando a medida do sucesso da banda.

E a banda confirma em seu perfil oficial no facebook com um agradecimento emocionado.

"Rio de Janeiro, muito obrigado!! Viva nossos sonhos e todas as experiências que jamais iremos esquecer. Tanta gente cantando, chorando, mandando energias tão boas que é como se tocassem no palco com a gente. Um mar de gente saiu de casa para ver nosso show de lançamento. Somos feitos de muita gente dentro, muitas estavam lá, outras se hospedaram agora e todas dão tudo o que tem para a Suricato ser o que é hoje. Gratidão ! #JuntosSomosMaisFortes Boa noite Circo Voador pra sempre!"

Ouça Sol-Te no Spotify

Fotos: Cleber Junior