segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Scorpions - Despedida aos 50 anos


Do espaço reservado aos fotógrafos, enquanto aguardávamos a autorização para começar os trabalhos, víamos um palco simples, sem nenhum amplificador aparente, apenas uma plataforma preta e acima dela a bateria de Mikkey Dee, o lendário baterista do , agora participante enquanto James Kottak resolve pendencias particulares. Um ótimo prenuncio que lá de cima viria muita pancada no peito. O espaçoso palco era aumentado por uma passarela que avançava até o meio da pista reservada ao público que lotou o grande espaço do Metropolitan no Rio de Janeiro.

Dada a autorização para entrada do espaço destinado aos fotógrafos, a expectativa vai aumentando e o público percebendo a movimentação começa a participar com energia crescente. Cai a cortina e vemos os cinco senhores mandando ver logo de cara, a plataforma preta, é na verdade o telão de alta resolução, que serve de fundo para muita correria, guitarras ensandecidas, o vocal de Klaus Meine em dia e lá de cima Dee, esmurrando, como se esperava, a bateria e uma sequência que enfileirou alguns clássicos da melhor fase da banda como "Make It Real", "The Zoo" e a instrumental e sensacional "Coast to Coast" deixando a platéia em êxtase. Pausa pra respirar e vamos em frente.




 A banda diz que essa turnê é a ultima de sua longa carreira, quando comemora 50 anos de serviços
prestados ao rock 'n' roll e lança o álbum "Return To Forever", por isso a gente nunca tem certeza do que virá lá na frente. O jeito é aproveitar ao máximo!

Mais a frente uma sequência acústica que leva os cinco participantes para a beira da passarela, para tocar aqueles hits pegajosos que aumentou consideravelmente o público da banda, mas em outra sintonia. Achei um pouco longo, mas, há de se considerar que as baladas são lindas, bem tocadas e o público adora cantar junto e jogar os braços de um lado para o outro. Já que é pra aproveitar, vamos nessa!

"Rock 'n" Roll Band" do novo álbum, é excelente, serve para lembrar a todos o quem é o Scorpions, duelos das guitarras de Rudolf Schenker, em ótima forma física, e Matias Jabs e o baixo do polonês Pawel Maciwoda, o mais recente e discreto integrante da banda. A partir daí o ritmo não cai mais, Meine lembra do primeiro Rock in Rio, a primeira vez que a banda andou por aqui e bota todo mundo pra cantar, à capela, "Cidade Maravilhosa". Um cover matador de "Overkill" homenageia o imortal Lemmy termina com o espetacular solo de bateria de Dee emendando "Blackout", "No One Like You" e "Big City Nights" para encerrar a primeira parte em alto estilo. No bis, balada "Still Loving You" é acompanhada em coro e "Rock You Like a Hurricane" fecha a tampa.



Todo mundo sai feliz, inclusive eu, lembro que tinha desistido do Scorpions em 2008, na sua ultima turnê por essas bandas, quando apresentou um show burocrático e sem graça. A banda recuperou um fã e me lembra que 50 anos de rock, não se conquista sem muito trabalho.

Foi um show pra se guardar com carinho.




terça-feira, 6 de setembro de 2016

Como aconteceu a volta do Slash ao Gun's

Alvaro Pereira Junior entrevista Axel e Duff que explicam como se deu a volta de Slash e a reunião do Guns n' Roses. Veja a entrevista completa que foi ao ar no Fantástico editada.

sábado, 3 de setembro de 2016

O Bom e Velho Heavy Metal

Não sou daquelas pessoas que fazem ou prestam atenção várias coisas ao mesmo tempo. Sabendo disso, para fotografar shows e prestar a atenção no trabalho e deixo para os ouvidos roqueiros chamarem a atenção para aquele acorde especial que arrebata logo que sacode os tímpanos.







Tenho visto muitas bandas boas do rock brasileiro e que ainda vão estourar, é questão de tempo. Quem me proporciona isso é o Rio Novo Rock, todo mês no Imperator, lá no subúrbio do Méier. Neste mês esse programa coincidiu com o show do Primal Fear no Circo Voador, com abertura dos italianos Luca Turilli's Rhapsody e Monstractor de Resende no Rio do Janeiro.




Optei pelo heavy metal. Incoerência! Discutiam Tio & Teco. Os argumentos eram, que novidade há no metal? Mais do mesmo, com os clichês tradicionais, riffs marcantes, vocais poderosos, solos de bateria, baixo bem grave e uma turma apaixonada urrando de prazer e destilando energia rodando alucinadamente... Todo esse clima o que há de melhor!

O Primal Fear reuniu isso tudo, fazendo a festa e botou pra suar toda a turma sedenta por dissipar energia e abrindo a roda punk em quase todas as músicas aquecendo a noite. A simpatia dos caras é incrível, antes do show foram encontrar os fãs e trocar umas idéias. No palco, os elogios a cidade, ao publico amante do metal de sempre, acrescentada de uma cavadinha para o Rock in Rio, afinal o festival começou a anunciar as bandas para 2017.



O álbum "Rulerbreaker", lançado em janeiro já está na boca do povo, prova disso é que a banda inflamou logo de cara com dois tijolaços, "In Metal We Trust" e a faixa que dá nome ao disco, um massacre sonoro.

A partir daí o vocalista Ralf Scheepers, os guitarristas Tom Naumann e Alex Beyrodt não deixaram mais pedra sobre pedra. O vocal permaneceu refinado e poderoso até  fim e as guitarras duelaram sem vencedor, acompanhadas do gente boa Mat Sinner e seu casaco de couro com penduricalhos pratas, correntes e tudo aquilo que apelidou os metaleiros. Faltou apresentar o baterista Frescesco Jovino que cumpre seu papel corretamente.



O setlist é de clássicos da banda e não houve quem tenha se arrependido de presenciar mais um show legal de metal. Long Live Metal!




Fotografia: Cleber Junior


Set list completo:
1- Final Embrace
2- In Metal We Trust
3- Angel in Black 4- Rulebreaker
5- Sign of Fear
6- The Sky is Burning
7- Nuclear Fire
8- Angels of Mercy
9- The End Is Near
10- When Death Comes Knocking
11- Chainbreaker
12- Metal Is Forever
Pede Bis!
13- Rollercoaster
14- Running in the Dust

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Nívea Viva Rock Faz a Festa em Ipanema

Essa é uma postagem especial, por ser um encontro do rock brasileiro comemorado na iniciativa da Nívea e principalmente por ter sido cedido pelo grande mestre, o jornalista Jamari França profundo conhecedor dos primeiros passos dessa turma que ocupou o grande palco em Ipanema.

Jamari nos conta com detalhes tudo que aconteceu no evento de ontem e o Piratha envaidecido agradece.

"O Nivea Rock Brasil agitou a tarde de domingo em Ipanema com um elenco estelar que rememorou 60 anos de rock brasileiro desde a pioneira Cely Campello até os dias de hoje com o Suricato. O povo, estimado em 145 mil pessoas, lotou a areia, dançou, agitou, cantou, gritou, esperneou, tudo a que tinha direito durante duas horas e meia e 38 músicas.

Para a massa foi tudo ótimo, para um olhar mais apurado nem tanto. A verdade é que o show foi para a estrada antes de ficar pronto. É tudo fera ali em cima, a maioria com mais de 30 anos de carreira nas costas, mas nem por isso podem prescindir de muito ensaio para se entrosar. O que me deixou mais perplexo foi errarem tanto as letras com um teleprompter no palco, será que o tamanho era reduzido?

Os vocalistas principais Nando Reis, Paula Toller e a convidada Marjorie Estiano, no lugar de Pitty, erraram várias entradas, idem Rodrigo Suricato, Dado Villa Lobos e até o master Herbert Vianna. Um projeto tão grande com alto investimento da Nivea merecia um tempo de ensaio maior. Este show vai ficar nos trinques lá pela quinta apresentação, aí acaba. Anyway o Nivea Rock Brasil foi uma excelente ideia para homenagear o rock brasileiro num momento em que ele está totalmente ausente do mainstream e não é por falta de talentos, os antigos estão atuantes pelo Brasil inteiro e uma nova geração de excelentes formações está aí na internet e nos palcos da vida à espera de uma brecha para entrar com força total. Brecha que a Nívea não deu. 

Pitty, grávida e ausente por ordem médica, foi uma grande baixa, sua voz potente e atitude rock fez falta, porque na linha de frente não tinha ninguém exatamente do rock, Paula Toller é do pop e sua emissão é muito pequena. Marjorie Estiano não é do ramo. No lado masculino faltou uma voz mais roquenrol de um Frejat ou um Paulo Miklos junto com Nando Reis. Se a preparação fosse a contento, este show ficaria na História. Claro que não por causa do produtor Liminha, um dos mais importantes músicos e produtores nacionais, que veio dos Mutantes e ajudou a formatar a Geração 80 do Rock Brasil, em peso no palco com ele no baixo, Maurício Barros nos teclados, João Mega Barone na bateria, Rodrigo Suricato e Dado Villa Lobos nas guitarras e Milton Guedes nos sopros e gaita. No todo Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Kid Abelha, Suricato e Legião Urbana. 

O começo foi bem original, um medley de pré e Jovem Guarda com um arranjo que misturava Seven Nation Army da dupla White Stripes com Celly Campelo, a dupla de platina Erasmo e Roberto Carlos mais Eduardo Araújo e o rei da pilantragem Carlos Imperial. Logo em seguida Marjorie fez o possível para se sair bem em Panis et Circenses, um dos manifestos da Tropicália. Música de Caetano Veloso e Gilberto Gil, arranjo no original de Rogério Duprat e gravação dos Mutantes. Peso demais para Marjorie segurar. Flopou. Da mesma banda, Ando Meio Desligado, com o trio Nando, Paula e Marjorie num vocal uníssono, sem floreios. 

 A seguir duas de Rita Lee solo do disco Fruto Proibido, de 1975. Agora Só Falta Você teve na introdução o riff de Under My Thumb, dos Rolling Stones. A segunda foi Ovelha Negra, com Paula Toller e Rodrigo Suricato fazendo slide num violão havaiano Weissenborn na abertura e, mais adiante ele pegou a guitarra e, junto com Dado, repetiu de maneira respeitosa o antológico solo feito pelo mestre Luiz Carlini no original. Um grande momento. 

Aí foi a vez de Nando Reis flopar em Gita de Raul Seixas e Paulo Coelho. Esta canção é um hino sofisticado de viés místico que pertence exclusivamente ao seu intérprete original. Tem muito sucesso de Raulzito pra apresentar, esta não please. Uma vez o produtor do disco original Marco Mazzola me mostrou esta canção em 5.1 e chorei tanto que quase me afogo em lágrimas (‘tou relendo Nelson Rodrigues, daí a dramaticidade). 

Logo em seguida melhorou. Entraram Bi Ribeiro e Herbert Viana para cantar duas dos Titãs com Nando, alusão à parceria das duas bandas que gravaram um DVD juntas. Sonífera Ilha, primeiro hit dos Titãs, e Marvin, versão de Patches feita por Nando e Sérgio Britto, animaram bastante a massa. Despues, dois hits dos Paralamas, Óculos e Meu Erro, ambas do álbum O Passo do Lui (1984). 

Tudo isso rolando, eu imóvel de olho no palco com muitos filmes passando na cabeça. Cobri a geração 80 do Rock Brasil para o Jornal do Brasil e vi tudo aquilo nascendo, voei pro Circo Voador nas noites memoráveis do Rock Voador, onde rolava efervescência e euforia de ver uma nova geração se revelando num momento em que o Brasil emergia da ditadura. À minha volta uma zona, gente falando, dançando, bebendo, soltaram um monte de bolas na plateia, mais duras que as de encher e comecei a levar boladas de todo jeito, fiquei com ódio por tirar a minha concentração, cortar o meu barato. 

Dado Villa Lobos se juntou aos Paralamas para duas de sua banda, Urbana Legio Omnia Vincit. Ele disse que estava ali por causa de Herbert, Bi e Barone, ou poderia estar em algum lugar bem longe. Dado se referia ao apadrinhamento da Legião pelos Paralamas, que levaram a banda para a gravadora EMI, tocaram juntas no programa Chico e Caetano, mas se afastaram quando a Legião começou a se agigantar. Levaram Tempo Perdido, Será e Herbert apresentou a Legião como a maior banda que o Brasil já produziu. Ao que Dado, acanhado com a generosidade, retrucou: “Mais ou menos.” Ouviu-se o coro de “Legião, Legião.” ‘

Tá ficado grande o texto né? Se encher o saco, para de ler. 

 A última com Herbert e Bi foi Até Quando Esperar, da Plebe Rude, que era para Pitty, mas ficou mesmo com Herbert, que esgarçou a voz, o tom ficou alto, mas saiu e saíram também Bi e Herbert. Neste set com os Paralamas, o som ficou com bastante peso, a cargo de quatro guitarras no palco. Liminha, Herbert, Dado Villa Lobos e Rodrigo Suricato. Foi um momento alto da tarde/noite. Paula Toller voltou para cantar duas do Kid Abelha. Ela acabou com a banda e, como vocalista, fica como herdeira do acervo do trio. Delirantemente aplaudida por Como Eu Quero e menos por Nada Sei. A Blitz, que abriu a porteira para que as demais bandas entrassem no mercado, foi representada por apenas uma canção com uma interpretação marromeno de Nando Reis: A Dois Passos do Paraíso. Ele também levou Ciúme, do Ultraje A Rigor. 

Seguiu-se uma saraivada de canções com interpretações medianas: Olhar 43 (Rodrigo Suricato), Fullgás e Me Adora (Marjorie Estiano). A bem da verdade, a falta de tempo de ensaio também implica em os vocalistas não terem tempo de burilar as canções que lhes cabem no setlist. Nando emocionou com O Segundo Sol, canção que fez para Cássia Eller, com participação de Milton Guedes na flauta. 

Paula e Nando se esforçaram para transmitir o punch de Vou Deixar, do Skank, Dado mandou bem Anna Julia, de Los Hermanos. Primeiros Erros foi outro momento delirante, uma inspirada balada de Kiko Zambianchi apoderada pelo Capital Inicial. Rodrigo emendou só na voz Talvez, de sua banda Suricato. Dado e Marjorie deram uma animada com Praieira, da Nação Zumbi de Chico Science. Nando Reis atacou de Proibida Pra Mim, em homenagem ao Charlie Brown Junior. Finalmente duas a cargo de Rodrigo: Mulher de Fases foi bem e Monte Castelo um tropeço gigante, interpretação errante com a banda em outro tempo, é outra canção que é melhor deixar quieta.


Fim de festa com todos no palco em O Último Romântico, Pro Dia Nascer Feliz e Do Seu Lado – Lulu Santos, Barão Vermelho e Nando Reis. No bis Roberto Carlos de É Preciso Saber Viver e o bis de Agora Só Falta Você. Começou 17h10 e fechou 19h40. Depois de um certo tumulto, caminho da roça, na passagem pelo Maracanã ecos de Coldplay em pleno concerto. Caguei. "





 Setlist

Medley 1. Banho de lua (Tintarella Di Luna) (Franco Migliacci e Bruno de Filippi, 1959, em versão em português de Fred Jorge, 1960)
2. É proibido fumar (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1964)
3. Pode vir quente que eu estou fervendo (Eduardo Araújo e Carlos Imperial, 1967)
4. Se você Pensa (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968) Fim Medley
5. Panis et circenses (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968)
6. Ando meio desligado (Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee, 1969)
7. Agora só falta você (Rita Lee e Luiz Carlini, 1975)
8. Ovelha negra (Rita Lee, 1975)
9. Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho, 1974)
10. Sonífera ilha, (Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa, 1984)
11. Marvin (Patches) (Ronald Dumbar e General Johnson, 1970, em versão em português de Sergio Britto e Nando Reis, 1984)
12. Óculos (Herbert Vianna, 1984)
13. Meu erro (Herbert Vianna, 1984)
14. Tempo perdido (Renato Russo, 1986)
15. Será (Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo, 1985)
16. Até quando esperar? (Philipe Seabra, André X e Gutje, 1986)
17. Como eu quero (Paula Toller e Leoni, 1984)
18. Nada sei (Apnéia) (Paula Toller e George Israel, 2002)
19. A dois passos do paraíso (Evandro Mesquita e Ricardo Barreto, 1983)
20. Ciúme (Roger Moreira, 1985)
21. Olhar 43 (Luiz Schiavon e Paulo Ricardo, 1985)
22. Fullgás (Marina Lima e Antonio Cícero, 1984)
23. Me adora (Pitty, 2009)
24. O segundo sol (Nando Reis, 1999) - Nando Reis
25. Vou deixar (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2003)
26. Anna Julia (Marcelo Camelo, 1999)
27. Primeiros erros (Chove) (Kiko Zambianchi, 1985)
28. Talvez (Rodrigo Suricato, 2011)
29. A praieira (Chico Science, 1994)
30. Me Deixa (Marcelo Yuka, 1999)
31. Proibida pra mim (Chorão, Marcão, Champignon, Pelado e Thiago, 1997)
32. Mulher de fases (Rodolfo Abrantes e Digão, 1999)
33. Monte castelo (Renato Russo, 1989)
34. O último romântico (Lulu Santos, Antônio Cícero e Sérgio Souza, 1984)
35. Pro dia nascer feliz (Cazuza e Frejat, 1983)
36. Do seu lado (Nando Reis, 2003)

Bis

37. É preciso saber viver (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968)
38. Agora só falta você (Rita Lee e Luiz Carlini, 1975)

Fotos e edição: Cleber Junior
Texto e colaboração: Jamari França

Accept - Musica Veloz

O show começa agitado, com a multidão de camisas pretas que lotou o Imperator no Meier, RJ, urrando ao som de Stampede que seria emendada a Stalingrad e nesse ritmo alucinante de riffs e solos espetaculares e grudentos com pitadas de musica erudita o Accept segue feroz até a sétima música quando o vocalista Mark Tornillo, que poderia ser confundido com um desses motociclistas encontrados nos motoclubes da vida, dá uma pausa para respirar e se dirigir a platéia rapidamente até que a porradaria sonora continue.

Um show de metal clássico, o guitarrista Wolf Hoffmann e o baixista Peter Baltes, os remanescentes da formação original, dividem o posto de performers da banda correndo por todos os espaços do palco e interagindo o tempo todo com os fãs que acompanharam os solos com, o habitual, OOOÔ, uma tradição desde Fear of the Dark, eternizada no Rock in Rio de 2001 pelo Iron Maiden.

O discreto Uli Lulis, na guitarra e o baterista Cristopher Willians completam o quinteto deixando claro terem encontrado a melhor formação da banda.Um timaço de simpáticos bons músicos.

A parte final do show começa com Fast as a Shark, e caminha veloz e enfurecida até o grand finale com Balls to the Wall.que não deixou pedra sobre pedra literalmente, mas fixou sorrisos em todos os presentes.










terça-feira, 5 de abril de 2016

SOUFLY -Promoção Gutural do Circo Voador




Quer ir ao show do Soulfly? O Circo Voador tem uma promoção bacana pra você e uma compania, olha aí.

PROMOÇÃO GUTURAL!
PRÊMIOS:
1 par de ingressos para o show do Soulfly na quinta-feira, dia 07/04 + ida ao CAMARIM para conhecer a banda + disco 'Archangel'.

Missão:
Gravar um vídeo cantando uma marchinha de carnaval com vocal gutural.
Pode ser só um trechinho, mas o vocal tem que vir das catacumbas do âmago das entranhas do seu ser. Ganha pontos quem ainda mandar um agudão tipo Rob Halford no final.

Resultado:
A gravação deve ser postada na pagina do evento Soulfly do Circo Voador até as 13:30 da próxima quinta feira dia 07 de abril.

A que ficar mais foderosa ganha.

O Circo Voador vai anunciar o campeão às 14:00 da própria quinta-feira, dia 07.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Ed Force One no Brasil


Ed Force One é o Boeing 747-400 Jumbo da Astraeus Airlines utilizado pelo Iron Maiden. 

O Boeing possui 20 assentos na classe executiva e 54 assentos na classe econômica premium Foi usado primeiramente na turnê mudial Somewhere Back in Time World Tour em 2008, que passou por 20 cidades em 13 países. 

É pilotado pelo vocalista da banda Bruce Dickinson e a cada turnê que eles fazem, usam uma figura diferente do mascote Eddie. A banda viajou pelo Brasil a bordo do Ed Force One, Boeing 747-400 Jumbo que é customizado com o logo do grupo e artes do novo álbum, The Books of Soul, transporta a equipe, a produção de palco e 12 toneladas de equipamentos. 

O Piratha passeou sorrateiramente pela pista do Aeroporto de Guarulhos e conseguiu fotos dessa máquina, mas infelizmente, foi barrado antes de produzir material no interior do avião.







Fontes: G1 - Wikipedia 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Viper

O Viper subiu no palco do Circo Voador para lançar o DVD To Live Again - Live in São Paulo e logo foi ironizando a rivalidade entre cariocas e paulistanos. Era a senha para o  descaralhado show que a banda apresentou.

Foi convidando amigos que estavam na platéia, fazendo covers que não estavam no set list, totalmente improvisados e até sem ensaio como Crazy Train de Ozzy, que não mereceu reclamações porque o público presente entendeu o espírito meio anárquico e festeiro e foi em frente cantando junto as canções clássicas da banda e apoiando os covers de Judas Priest, Dio e outros que já morreram.

Nesse clima zoneado rolou a noite no Circo, diversão para os músicos e platéia de fãs, um deles mereceu a paleta de Felipe Machado com justiça, pois conseguiu provar ao músico, levando o set list, que esteve no ultimo show da banda no Circo Voador.

André Mattos

Pit Passarell

André Mattos e Felipe Machado

Felipe Machado


Pit Passarell

Hugo Mariutti

Pit Passarell

Guilherme Martin


Viper

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Bowie

Não há uma linha a acrescentar sobre a carreira de David Bowie, tudo já foi dito e mostrado.
Meu primeiro contato com a obra de Bowie foi olhar, numa improvavel prateleira de supermercado a capa do album Aladin Sane. Nunca me dei conta de como esse momento havia ficado registrado. Ele retorna agora como uma fotografia amarelada pelo tempo. Para um garoto que como eu, iniciava uma caminhada de descobertas roqueiras, aquela figura indefinida, ruiva e pálida era bem diferente de minhas certezas musicais até bem pouco tempo, naquele tempo.
Um raio de curiosidade, colorido tentou em vão convencer a atendente de que um album como aquele, do homem que caiu na terra, merecia rasgar aquele lacre de plástico para uma breve audição que justificasse torrar o pouco dinheiro no bolso. Mal sabia eu que, mesmo sem convencer a atendente e deixar Aladin Sane, lacrado na prateleira com aquela lágrima que lhe cai no ombro, eu já havia sido conquistado. 

Curiosamente, esse album nunca fez parte de minha coleção. Foi de um amigo que ouvi e a primeira canção que me chamou a atenção foi Time. Dramática, como um tango desconcertado, retratava meus momentos juvenis e como que por um encanto que mostra que algumas canções não precisam de letras claras para serem entendidas, são intuitivas.

Aladin Sane veio na sequencia de The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars e o interesse despertado por Bowie fez com que eu chegasse a ele, mais uma vez por um lado torto e improvável. Foi num sebo no Centro do Rio de Janeiro, quase numa reprodução da imagem da capa que ele me aguardava, dessa vez sem lacre e à vontade para audição. Bastaram Five Years para levar Ziggy para um lugar qualquer no espaço sideral da minha estante de discos e lá permanece até hoje, em forma de vinil


and a queer threw up at the sight of that.



Segui comprando discos de Bowie em lugares improváveis, como se ele me mostrasse durante toda a sua obra, que tudo é possível e inspirador e pode ser encontrado em qualquer parte e a qualquer momento.

Nada é contínuo e perfeito.

Bowie se despede como se tivesse planejado tudo de forma perfeita, sem improviso. Grava um disco com elementos de jazz desconstruindo as passagens melancólicas de seu grand finale.

Something happened on the day he died 
Spirit rose a metre and stepped aside 
Somebody else took his place, and bravely cried 
(I'm a blackstar, I'm a star's star, I'm a blackstar)

Do lado de fora, como sempre, deixa sua obra para nossa inspiração, criada com maestria  e exibida sem pudor ou espaço de tempo. Obrigado Bowie, nos vemos por aí em algum lugar improvável.


via GIPHY