Céu canta Catch a Fire

Há um ano a cantora paulista Céu foi convidada pelo site Radiola Urbana para o projeto 73 Rotações. Era para ser apenas um show, onde os artistas convidados reinterpretariam discos lendários, lançados em 1973. Céu subiu ao palco para cantar as músicas de "Catch a Fire", clássico disco de Bob Marley and The Wailers. “Estava agendado só um show, mas como fizemos o trabalho com carinho, ele foi muito bem recebido, e as pessoas ficaram curiosas. Então repetimos" declarou Céu, recentemente, ao site G1.

Sábado passado foi a vez do Circo Voador lotar para ver e ouvir a interpretação da cantora para todas as faixas do clássico album e ao final o público ainda foi brindado com algumas canções da cantora e compositora.

Reza a lenda que Bob Marley e seus companheiros dos Waillers estavam na Inglaterra tocando com Johnny Nash e este partiu pros Estados Unidos, deixando a turma com pouca grana para voltar a Jamaica. Chris Blackwell, dono da gravadora Island, adiantou um cascalho pra eles voltarem, mas, em troca eles teriam que gravar um disco e assim surgiu “Catch a Fire”, o primeiro para a gravadora, recheado de clássicos como "Kinky Reggae", "No More Trouble" e "Stir it Up", uma canção de amor, composta por Marley. O album com nove músicas, tinha duas composições de Pete Tosh.

A voz de Céu tornou doce letras que falam sobre a injustiça política com os negros e sobre pobreza. "Catch a Fire" é sobre "o estado atual da pobreza urbana", e "Slave Driver" "conecta as injustiças do presente às do passado". Justo na madrugada do dia em que o povo brasileiro iria as urnas decidir quem seria seu presitente pelos próximos quatro anos.

Fotos: Cleber Junior

Fontes: Circo Voador, G1, Wikipédia

Jack Bruce

Um comunicado na página do artista divulgou a morte do grande Jack Bruce, responsável por grandes canções da história do rock como "I feel free", "White room", "Politician" e "Sunshine of your love".



Bruce conheceu Clapton enquanto tocava em outra banda e os dois montaram a Cream em 1966 com o baterista Ginger Baker. O power trio vendeu 35 milhões de álbuns em dois anos na década de 1960 e recebeu o primeiro disco de platina do mundo pelo trabalho em "Wheels of Fire". O supergrupo é considerado um dos grandes nomes da história do rock, Bruce coescreveu e cantou a maioria das canções da banda.

É uma perda irreparável que nos deixa um grande legado.

O Circo em Paris

O Circo Voador, tradicional espaço cultural da cidade do Rio de Janeiro, foi convidado pelo consulado Francês no Brasil para participar do MaMA, um festival de música com conferências e mostras, que reúne produtores, empresários e músicos do mundo todo.

Durante três dias, serão discutidos temas como o mercado cultural, formações de plateias, festivais, novos talentos, espaços criativos e divulgação na cultura.

Gaby Morenah, coordenadora de projetos especiais do Circo, está em Paris representando a Nave, como também é conhecido o espaço!

Hoje, dia 16 de outubro de 2014, ela apresentará ao mundo um pouquinho do Circo Voador. Ela mostrará a forma particular como produzem seus eventos, a trajetória na militância cultural até chegar nesse espaço moderno que o público carioca conhece bem e adora. É o Circo em Paris!

Exodus é 1000 - Confirma!!

Dia de eleições nesse nosso Brasil de muitos contrastes e poucas opções de votos entre tanta corrupção e falta de confiança e nossos políticos. Fui e votei nos nanicos, foi a maneira que encontrei para diminuir minha insatisfação.

E não é que num domingo de eleições, a distância de uma pequena caminhada pelo Centro do Rio de Janeiro vão tocar Dream Theater e Exodus. Meu amigo Fellipe Cabral, companheiro de outras passagens roqueiras, põe a dúvida em questão. Não tive dúvidas, Exodus!! Com o adicional, conheço pouco do som deles e Dream Theater já vimos!! Vambora pro Circo Voador!!

O show foi ducarai e o Fellipe, conhecedor e fã da banda, assume o texto e descreve a emoção daqui pra frente.

"Ainda procuro adjetivos para descrever a emoção que senti quando os primeiros acordes de "Bonded by Blood" ecoaram no palco do Circo Voador!

Na última noite de domingo 05/10. A cada intervalo entre uma música e outra o coro incessante era quase uma lei: "Exodus!! Exodus!! Exodus!!"

Era o debut de Zetro em solo carioca (bateram na trave em 2004), Gary Holt empolgadíssimo, Tom Hunting a cada "exodus exodus" criava batidas para endossar o coro uníssono do público em êxtase, isso sem contar suas subidas na batera. Formada em 1979, em São Francisco, EXODUS é liderada pelo ótimo guitarrista Gary Holt, e acompanhado de Tom Hunting - bateria, Steve "Zetro" Souza - vocal, Jack Gibson - baixo Lee Altus – guitarra e encerrou sua turnê pelo Brasil para promover seu mais recente álbum, o excelente "Blood In, Blood Out".

O disco marca a volta do vocalista Steve “Zetro” Souza à banda. É excelente, não abandona sua essência de pancadaria com riffs precisos de Holt. Desde 1982, salvo algumas excessões, o que mudou foi puramente a tecnologia de produção em estudio, porque a pressão, esteve sempre ali, intacta, tornando-os um dos nomes mais respeitados no cenário do metal mundial.

Voltando ao show seguimos com ”Scar Spangled Banner”, outra voadora no peito do meu disco preferido da banda, “Tempo of the Damned”, depois vieram “And then there were one” acompanhada pelo coro da insandecida galera com sua roda interminável, “Iconoclasm”, “Metal Command” e “Fabulous Disaster” (meu álbum vice campeão da banda). Óbvio que teve um wall of death ANIMAL na “Strike of the beast”.

Sobrou tempo ainda para umanimado “medley cover jam”. Os caras estavam literalmente à vontade e em total sinergia com o público. Só clássicos, só pressão! Pra quem estava saudoso desde a última “mais ou menos” passagem em 2004 da banda ao Brasil, literalmente lavou a alma, na roda, na grade, lá em cima, em qualquer lugar possível no Circo Voador.

Era um domingo de votação, fui até a minha zona eleitoral cumprir com meu dever e exerci minha cidadania com orgulho: apertei EXODUS e confirmei! Vitória no primeiro turno, ÉPICO!"
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Fiquem com o Setlist do SHOW:

Bonded by Blood
Scar Spangled Banner
And Then There Were None
Iconoclasm
Metal Command
Fabulous Disaster
Children of a Worthless God
Piranha
Pleasures of the Flesh
A Lesson in Violence
Blacklist
War Is My Shepherd
The Toxic Waltz
Strike of the Beast

BIS:
Cover Jam
(including Rock You Like a Hurricane / Motorbreath / Stargazer)
The Last Act of Defiance
Good Riddance

Texto: Fellipe Cabral

Fotos: Cleber Junior