Outra banda que arrasou foi o Metallica, como sempre!
Desfilou seus clássicos e ainda homenageou o amigo Cliff Burton, co-autor de alguns deles, que faleceu há 25 anos.
O melhor exemplo de que a noite foi épica é o depoimento do sobrinho Michel Pereira que vai em seguida.
Diz aí Michel...
"Como não to aguentando, farei um relato (peguei idéia da Fernanda) do dia 25.
Acordei 8h da manhã depois de lutar pra dormir de tanta ansiedade para o dia que estava pra vir. Minha barriga gelava a cada minuto que passava, só faltavam algumas horas pra começar o show no Palco Mundo, e eu não aguentava mais esperar.
Eu e meu primo, Diego, partimos pro metrô às 9h30 da manhã, chegando em Del Castilho às 9h40 e partindo pra Cidade do Rock às 10h10. Chegamos lá em exatos 17 minutos! E a fila já estava um pouco antes do fim do Autodromo. Entramos na fila, bebemos umas itaipavas, eu me senti mal (barriga vazia) entao tratei de parar de beber pra dar uma respirada e comer uns trakinas.
11h e pouca encontrei Fernanda e sua turma, já preparados com 4 latinhas de Monster e vodka. Incrivelmente consegui beber bastante sem passar mal, mesmo com barriga vazia (o que um Trakinas não faz! ahaha), até ficar bem "feliz".
Portões abertos, e um fato inusitado, no saco plástico que me deram pra segurar continham 6 GOIABAS! E como eu tava alterado,saí distribuindo goiaba pra galera que passava do lado, e logo tavam eu e Fernanda e um amigo dela gritando GOIABA pra galera que adentrava à Cidade. Foi MUITO engraçado ahaha
Depois de passar o ingresso, começou a euforia, o grupo se abraçou e gritou "CARALHO ENTRAMO" (não foi tão gay quanto parece) dai começa a jornada.
Era tanta coisa, mas TANTA coisa que a gente nem sabia por onde começar, dai o Thiago avista uma plaquinha "BRINDES" prontamente entramos na fila, pegamos alguns óculos, uns infláveis e algumas coisas aleatórias. Mas logo partimos para ficar bem localizado no Palco Mundo. Sentamos, tomei um suquinho de pêssego que a Dona Niva deu pra Fernanda (e eu surrupiei, óbvio) pra dar uma refrescada no corpo e esperamos. Hora passava e começou a passar o Angra no telão (queria ter visto o Matanza mas não passaram), e a galera ficou louca já com Angra, mandando aumentar o som e pedindo pros caras do Gloria pararem de passar o som. Dito e feito, aumentaram o som e ficamos curtindo Angra, e mais tardezinha a Diva Deusa Monstra Suprema Tarja apareceu no palco cantando.. WUTHERING HEIGHS, impossivel segurar a alegria com essa musica, e logo depois PHANTOM OF THE OPERA, definitivamente eu sabia alí que ia ser ÉPICO.
Acabou Angra tocou outra banda e depois começou o espetáculo, sim, Gloria estava no palco mundo, musica ruim (não digo a música, porque o ritmo é MUITO maneiro mas o vocal era podre). Vaiaram MUITO o Gloria até que alguem de lá teve uma idéia GENIAL de mandar COVER DO PANTERA, pronto, ganhou o público com isso. Nem preciso falar que o público ficou louco já né. Dai depois de muito 'FODA-SE' o Gloria se retira no palco com aplausos, com certeza foi o melhor show da vida deles, e será por um bom tempo. Cabando Gloria entra o Coheed, mas estavamos EXAUSTOS já e ainda faltava MUITAS horas pro fim do evento, então eu e Fernanda resolvemos sair, beber uma agua, respirar ar sem ter maconha, e a idéia a principio era voltar pro mesmo local que ficavamos. Enfim, saimos na primeira música do Coheed e só voltamos (depois de enfrentar fila no Bobs pra comprar 4 aguas) quase no fim do Motorhead, mas chegamos a tempo de ver Ace of Spades e Overkill. E surgiu uma rodinha na NOSSA FRENTE, prontamente me joguei pra dentro dela soltando altos empurrões, até chamei a Fernanda mas ela ficou meio com pé atrás por que tava de mochila, mas enfim, foi foda.
É aqui que começa a loucura louca. Motorhead deixa o palco e vem os caras. OS caras com letra MAIÚSCULA SUPREMA.
Slipknot, Corey denovo no palco do Rock In Rio (e aposto que prometendo a sim mesmo que aquela noite seria a melhor da vida dele), ja começou LOUCO com os integrantes da banda se jogando no público, e eles """""se apresentando"""" com suas máscaras horripilantes (em especial a do Seven) e já avisando pro público "VOCÊS NÃO SAEM VIVO DAQUI!".
Dito e feito, eu não conheço NADA de Slipknot, e nem curtia a banda, mas depois de ontem eu virei fã forte, FORTE. Reverencio quantas vezes puder o Corey Taylor. A cada música do Slipknot era 2kg que eu perdia, de tanto pular e bater cabeça. E era foda, porque eu achava que tava maluco até olhar pra Fernanda e ver que eu tava normal e ela que tava insana (se é que essa palavra existe). Enfim, passando boa parte do show chega no ápice queeu tenho certeza, ABSOLUTA que vai ser a parte MAIS FODA do Rock in Rio de 2011 (DE TODO O EVENTO). Spit it Out. Não vou comentar, vejam o vídeo e vocês verão por si mesmo. Só digo uma frase "JUMP THE FUCK UP".
Quando Slipknot saiu do palco, eu ja começava a chorar, eu olhava pra Fernanda, olhava pro Diogo, pro Léo, e só sabia rir e sorrir e lacrimejar, só faltava 20minutos, MINUTOS, de Metallica. A TODO MOMENTO passava o flashback do dia INTEIRO, quando chegamos, a goiaba, o Gloria, o Angra, a fila, a vodka, o onibus, o inflável da Coca, e eu não conseguia controlar o choro, era visível minha emoção.
Eis que começa.
Ecstasy of Gold.
A intro que tanto já ouvi e arrepiei no 'Metallica S&M', e eu estava ali, vendo ao vivo. Sabia que a qualquer momento o DEUS MONSTRO SUPREMO DA GALAXIA PICUDO MÓR DA FODEROCIDADE EXTREMA James Hetfield entraria no Palco. Até que... tum tum tum TAN TAN. Creepin Death. No Palco Mundo. No Rock In Rio. No Rio, Eu estava lá. Eu presenciei.Era o METALLICA AO VIVO E A CORES NA MINHA FRENTE! Até agora é dificil acreditar, mas eu não conseguia segurar a lagrima. Até que começou a musica e eu só sabia pular e gritar. E nem tempo pra respirar tinha, enquanto eu gritava "YEAAAAAAAH" do fim da Creeping Death ja vinha o ""TAN TAN - TAN TAN TOOOOOOOOOOOM" e For Whom The Bells Tolls já estava no 'play' e ao mais tardar, Fuel. LOUCURA, era dificil de acreditar e eu sei que NINGUEM acreditava naquilo, foi SURREAL. Passado o tempo, veio Fade to Black. Até tentei, mas NÃO DEU, comecei a chorar que nem uma criança quando cai de bicicleta, não sei da onde mas consegui cantar a musica inteira praticamente sem errar uma palavra, DA ONDE APRENDI A FALAR EM INGLES?! E po, não vou contar de todas as musicas, se não vou ficar 2 anos escrevendo.. passou Ride The Lightning, Cyanide, All Nightmare Long, Blackened, e outras que não lembro do setlist. Vieio as clássiquissimas Master Of Puppets, One, mas não eram a que eu esperava.. que veio pouco depois.. Nothing Else Matters.. eu tava tão seco, mas tão seco que nem lagrima tava saindo mais, mas eu tava chorando mt por dentro, tava emocionado demais, não sabia o que dizer, fazer, falar, unica coisa de expressante que eu fiz foi dar um abraço na Fernanda (que não se aguentava mais em pé também). Fora isso só sabia olhar pra cima e cantar, seguir o Deus James Heidfeld em sua sinfonia. E nem acabou Nothing Else Matters ele já puxou Enter Sandman, veio um fôlego lá do fim da alma, e voltei a ficar insano, pulando e cantando, não sei da onde tirei energia. E ainda servi de motivacional, Diogo, Léo e Fernanda todos mortos e eu "VAMO PORRA TÁ ACABANDO O SHOW, ULTIMO GÁS, VAMO!" e deu certo! ahaha. Acabou show veio o Bis, Am I Evil, Whiplash e Seek And Destroy (depois do publico tanto insistir ahaha). Era visível na cara do James a alegria deles em tocar aqui, tanto que não queriam ir embora, ficaram falando com público MUITO tempo., e depois de sair voltaram DENOVO! Até que praticamente obrigaram o James a sair do palco ahaha. Eu não contei 1% do que foi, é MUITA coisa. Não preciso dizer que quando acabou o show a unica coisa que eu queria fazer era deitar e descansar, pra depois voltar pra casa né.. dito e feito, achamos um local que dava pra deitar, prontamente deitei e lá fiquei por uma meia hora. E não sei mais o que dizer. Metallica é o Metallica.
Fica meu relato (surrupiado) do dia 25.
E fica outra coisa, uma frase que falei no dia 24 "James frizará no show, depois do dia 25...NOTHING ELSE MATTERS"
Entenda a euforia vendo o show completo e deixe seu comentário.
